Fotos

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07/09/2010


Ela o amava demais, e, ele amava de menos. Bem menos. Ele não entendia bem o que era o amor. Gostava, somente, de ter belas conquistas, pessoas belas ao seu lado. Afinal, conquistá-la e fazê-la amá-lo foi só uma grande diversão para ele. Ela, a mulher mais popular da cidade. Aquela que não ligava para o que diziam, só queria viver. E vivia, até conhecê-lo.
Sem querer ela apareceu naquele baile. Entrou de graça, ganhou bebida dos amigos dele. Todos a cortejavam, todos a queriam, mas, ela, ela nem percebia a admiração que exercia nas outras pessoas.
Encontrou uma mesa e sentou-se com suas amigas. Bebericou seu vinho enquanto via as pessoas dançando. Uma dança que, na maioria das vezes, deixava-a tonta. Alguns garotos, novos na cidade, chegaram perto dela a fim de conhecê-la. Fizeram elogios, tentaram se aproximar mais, mas, ela, com toda a sua falta de dedos, dispensava-os sem se quer olhá-los na cara. Fazer sala, ser cordial com pessoas interesseiras, não era o seu costume. Cordialidade deveria ser gasta com pessoas que a mereciam.
Seu copo nunca estava vazio, sempre vinham cavalheiros para enchê-lo à mínima menção da mão da nossa bela dama. As intenções desses homens poderiam ser as piores, mas não chegavam a se concretizar, ela não se deixava levar por um belo cálice de vinho.
Levantou-se e resolver dançar. Vários parceiros se ofereceram para conduzi-la. As valsas foram muitas. Depois de muito dançar, deixou-se numa cadeira ao final da noite, exausta de tantos rodopios. Não sabia o que estava por vir. Se soubesse, teria se levantando, exausta da maneira que estava. Fugiria daquele lugar.
Um mensageiro foi ao seu encontro, levou um recado de um amante. Ela não gostava deste tipo de abordagem. Se esse homem a desejava a ponto de mandar-lhe alguém, que o fizesse por ele próprio. Riu-se fartamente do acontecido, fez comentários com suas amigas.
Levantou-se para irem embora. Ao virar para suas amigas a fim de chamá-las, percebeu que as três estavam com o olhar fixo em uma parte do salão. Curiosa, virou-se e avistou um homem. Não me atrevo a chamá-lo de cavalheiro. Esse adjetivo não o condizia. Ele, com seus olhos azuis, atravessou por entre as valsas e pegou a mão de nossa dama. Um choque elétrico subiu pelas terminações nervosas dela, sensações nunca antes produzidas por nenhum dos antigos amantes.
Ao ouvido, os dois conversaram, durante horas. Nossa dama foi embora, sozinha, mas, aquela noite, sem dúvida nenhuma, era o começo de algo maior. Aquele amante não a perderia de vista, muito menos agora que sabia o efeito que tinha sobre ela.

Continua...

14/08/2010

Estrelas


Todas as vezes que sento perto da janela para ver as estrelas fico pensando no que tenho feito com a minha vida. Não sou mais nenhuma criança, já tenho meus 21 anos. Sofri tanto para chegar aonde cheguei e me sinto tão triste com tudo isso. Não era para eu me sentir assim. Estudo numa boa faculdade, tenho amigos, minha família é maravilhosa. Tirando uma ou outra coisa que anda acontecendo, tudo está ótimo. Então por que eu me sinto assim? Parece que um vazio me preenche por dentro.
As noites se tornam mais longas que o de costume e já não consigo dormir. Os dias estão curtos demais, não dou conta de tudo que eu deveria fazer. Passo minhas tardes dormindo. Eu sei que deveria ir as aulas. Não que eu não dê valor ao que conquistei, simplesmente me faltam forças para ir. Já à noite, rolo na cama e nada me faz pegar no sono. São nesses dias que venho para perto da janela, ver estrelas. Tento refletir sobre a minha vida, o que tenho feito com ela. Não consigo ordenar muito bem as ideias. Sei o que deveria estar fazendo, mas não sei onde realmente estou. Tudo parece meio confuso, meio nublado.
Nos dias em que consigo ir às aulas, levanto melhorzinha, desvio das pessoas na calçada. Elas passam com suas vidas alegres, sorrindo para o sol posto em cima de suas cabeças. Não acho graça nisso. Queria que essas pessoas sumissem, saíssem de perto de mim com seus lábios risonhos e suas gargalhadas estorvantes.
Ninguém sabe o que eu estou passando. Ninguém que passa por mim na rua sabe. Ninguém que ri alegremente espirrando saliva em suas risadas gritantes. Só eu sei. Só eu choro sem porque abraçada ao meu travesseiro quando mais ninguém está por perto. Só eu passo horas no banho por falta de vontade de sair dali e voltar a essa vida ridícula. Só eu olho as estrelas de madrugada e não vejo nada. Só eu.
Queria poder contar para alguém o que venho passando, o que venho pensando. Não tenho para quem contar. Acho que vou atrapalhar essas pessoas com meus problemas banais e que não as dizem respeito. Isso tudo só diz respeito a mim, só eu devo cuidar desse assunto. Só não sei como fazê-lo.
Tento ler um livro, ver um filme. Tudo parece tão estúpido, tão inexpressivo. Falta algo que me segure à vida comum, aos gostos normais. Não sei como voltar ao que era antes. Na verdade, nem sei como cheguei ao estado em que estou.
Me sinto num mundo paralelo, por trás de um vidro blindado onde ninguém mais me escuta. Vivo sozinha num nimbo sem esperança e cinza. Um nimbo que eu mesma construí para viver. Levantei minha casa em pedras lodosas, no alto de um barranco. Só eu vivo ali. Sem vizinhança, sem pessoas nos arredores. E agora já não consigo descer. Eu escolhi assim. Esse foi o meu destino final. Já não sei como sair dessa fumaça densa que me cerca. Meu mundo agora é esse. Não me resta fugir para outro lugar, só me resta viver longe das estrelas.
As estrelas, aquelas que eu via pela minha janela, essas se foram há muito tempo, já não as posso ver mais. Vivo agora num lugar escuro, sombrio e frio. Vivo no fundo de uma vala gélida, depois de sair da vida por entre a fumaça densa de uma doença sem razão de existir. Mas existe.

11/08/2010

Bullying


Acho interessante ver o mundo por debaixo d’água. Parece um mundo totalmente diferente desse em que vivemos. Lá é mais calmo, silencioso. Vai ver que nem é diferente, sou só eu mesmo que sou diferente. Bem que eu gostaria de não ser assim como eu sou, mas não sei como ser comum, igual a todos os outros. Teve uma época que eu era igualzinho a todos, pelo menos eu acho que era. Até a minha quinta série, nunca tinha percebido que eu era assim, meio inaceitável. Acho que sou meio burro, meio feio, meio estranho, assim como meus amigos me chamam. Todos os dias de manhã, acordo para ir à escola e lembro do que eu terei que passar. Meus amigos novamente irão me lembrar o tanto que eu sou horrível. Não sei o por quê de eu ter que ir lá todos os dias, não consigo aprender mesmo, sou tão burro...
No começo eu até brigava e me irritava com todos aqueles xingamentos que eu achava serem sem fundamentos. Mas depois, parei de duvidar, eles estavam certos. Eu queria ser somente um menino de 15 anos comum, assim como meus amigos, quem sabe eles deixariam eu entrar para a turminha deles e parariam de falar que eu sou feio e burro.
Ultimamente tenho me sentido estranho. Me olho no espelho e não me reconheço. Então me olho mais de perto e vejo somente um monstro horrível. Meu nariz é enorme, minhas espinhas sobressaltam. Realmente, meus amigos estão certos. Todo dia de manhã faço a mesma coisa, me olho no espelho e vejo que a cada dia fico mais monstruoso. Perco a vontade de ir a aula ao imaginar o quanto meus amigos irão me xingar e me bater por eu estar cada dia mais feio. Já não sei mais o que fazer.
Toda vez que vou sair para a aula, tento o mais que posso ficar parecido com eles. Ponho boné, roupas largas. Fico horas tentando melhorar meu visual para poder entrar para a turminha, mas quando eu vejo que nada disso adianta, acabo ficando tão nervoso que vomito e prefiro não ir à aula. Acho que meu lugar é em casa.
As vezes, não consigo despistar meus pais e eles me forçam a ir a aula, encontrar com meus amigos. Na sala de aula eu prefiro tentar ao máximo não ser notado. Não saio no recreio, não lancho, não me mexo. Mas, mesmo assim, eles continuam a me mostrar o quão desprezível eu sou. Fico tão nervoso que às vezes suo, mas não faço nada, afinal eles estão certos, eu sou um monstro.
Minha mãe anda preocupada comigo, me levou a vários médicos. Todos me acham estranho, assim como meus amigos. Me passam remédios, me falam coisas estranhas. Meus pais brigam comigo, falam que eu tenho que sair de casa, ficar mais sociável. Mas como vou sair de casa se sou uma pessoa tão ruim, burro, feio e idiota? Prefiro ficar quieto, quem sabe assim não incomodarei mais ninguém com minha presença.
Ultimamente tenho tido pensamentos estranhos. Tenho ficado muito triste e já não sei o que fazer mais com minha vida. Vivo em consultórios e agora meus amigos já não me querem mais na sala de aula com eles, acham que eu não sirvo para freqüentar os mesmos lugares que eles.
Tento entender o porquê deles fazerem isso. No começo eu era diferente, então tentei mudar, ficar igual a eles. Depois eu vi que não estava dando certo, resolvi ficar quieto, sem atrapalhar ninguém com minha monstruosidade, mas não deu certo também. Tudo que eu fiz foi somente para agradá-los, mas, depois de tudo isso, eles preferem não compartilhar comigo as mudanças pelas quais passamos juntos? Por isso que eu acho que debaixo d’água as coisas são diferentes daqui, nunca ninguém me chamou de monstro ou qualquer coisa parecida. Quem sabe meu lugar não seria em um lugar assim ou, quem sabe, em lugar algum.
Desculpe a todos por existir.

30/06/2010

Minha vida, por onde andei...



Quando acontece a hora de se entender que é chegado ao fim? Quando você se despedi? Quando diz adeus? Quando vira as costas e vai embora?
Não é fácil precisar esse tipo de coisa. Provavelmente é na hora que você percebe que não pertence mais aquele mundo e é hora de evoluir para outra coisa. Mas e se essa coisa é tão assustadora que as vezes te dá uma vontade enorme de permanecer estática, sem evoluir naquele mesmo lugar já estagnado? É difícil, mas se fosse fácil não teria graça.
Agora é hora de terminar um ciclo, andar para frente, levando toda a aprendizagem que se obteve nesse percurso. Agora é hora de responder para si mesmo se aqueles anos de estudo valerão mesmo de alguma coisa. Espera-se que sim.
Digo adeus às minhas aulas noturnas, aos meus trabalhos em grupo, as noites na frente do computador, aos lanches carregados de sal, as pipocas para forrar o estômago, aos butecos no meio de semana, as cervejas em horas de cansaço, as corridas na universidade, as brincadeiras infantis no departamento, as bagunças em sala de aula, aos bilhetinhos, aos rabiscos nas carteiras, aos salgados no dce, as viagens para o MT nas férias, ao sapiens meio azul meio vermelho. Digo adeus para a UFV e prevejo um futuro promissor para nós duas, ex melhores amigas de longa data, mas com futuros distantes. Te amo Universidade Federal de Viçosa.

Minha vida
Rita Lee


Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei...

Cenas do meu filme
Em branco e preto
Que o vento levou
E o tempo traz
Entre todos os amores
E amigos
De você me lembro mais...

Tem pessoas que a gente
Não esquece, nem se esquecer
O primeiro namorado
Uma estrela da TV
Personagens do meu livro
De memórias
Que um dia rasguei
Do meu cartaz
Entre todas as novelas
E romances
De você me lembro mais...

Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais...

18/06/2010

Enjoy it!

Goze a Vida!!


O 9 de Copas emerge como arcano de conselho neste momento de sua vida, Raquel. Trata-se de um aviso para que você possa gozar melhor os prazeres da vida, permitindo-se situações e encontros que lhe proporcionem felicidade. Você merece, após tantas coisas, passar por uma fase de satisfação do ego. Divirta-se! Procure, neste momento, afastar-se voluntariamente das coisas e pessoas que lhe causam desprazer. Estimule tudo o que lhe parecer satisfatório, principalmente no que diz respeito à satisfação dos sentidos: as coisas belas, gostosas, estimulantes. Observe também que, quando nos colocamos na direção da felicidade, muitas pessoas tentam nos dar opiniões insolicitadas, nem sempre com más intenções, que – se ouvidas – nos afastam dos nossos verdadeiros objetivos. Confiança, portanto, em sua própria intuição!


Conselho: Procure se dar prazer sem culpa. Curta a vida!



Acho que vou ter que ir para o arráia dos formandos, hahahaha



30/05/2010

Biografia!!

Como é tradição na UFV, todos os formandos juntam com seus amigos mais chegados e escrevem suas memórias. Essas memórias resultam em uma biografia que vai para um livro. Como estou formando (assim espero), juntei com meus amigos e o que saiu das ´várias memórias deles sobre mim é isso aí embaixo.






Grampola, a ruivinha mais famosa de Viçosa, casamenteira profissional e atriz revelação 2006. Conhecida pela sua braveza, estripulias e pelo seu cabelo vermelho que não passava despercebido em lugar nenhum. No único trote que recebeu, ainda no curso de Zootecnia, correu atrás dos veteranos sujando-os, ganhou um concurso de forró e subiu no trio elétrico, tudo isso no primeiro dia de aula, mas acabou largando os porcos e os cavalos pelos textos enormes do curso de Letras. Mudar de curso não a fez perder o grande amor pelos animais. O Grão, Cheshire, Biro Biro e o Skol, são exemplos da lealdade dela por esses seres maravilhosos. Mas não era somente pelos animais que essa menina doida era leal. A Gramps é aquela amiga que te dá força, ajuda, aconselha e te defende de qualquer brutamontes 2 m maior que ela. Mexe com ela pra ver! São incontáveis casos de lesões corporais causadas por essa amiga super protetora. Amiga para todas as horas. Se precisassem dela, ela parava na sua casa do jeito que fosse, até de pijama. Mas nem tudo foram flores no bicentenário universitário dessa dinossaura. Farras, bebedeiras, amnésias que davam trabalho para as amigas, danças da goiabeira, bananeira para soluço, baldes de água fria nos vizinhos (literalmente), milho no quarto das vizinhas, passeios de moto bêbada, palcos, expulsão de festa por briga, festas a fantasia, fugas de Viçosa, torcida fanática do Brow’s, tombos extraordinários, demonstrações lésbicas, Bad não fede, conversas em inglês bêbada, vômitos, festas juninas onde só ela e suas amigas (que foram obrigadas) iam a caráter, neologismos que só ela entendia, autismo voluntário, vídeos educativos, botecos depois de festas de bebida liberada, sonecas na casa de computeiros e discussão na fila de festa que rendeu um amor são pequenos exemplos de acontecimentos na vida dessa pessoa. Falando em amor, quem mais conseguiria encontrar um ruivo natural para namorar? Foi depois de briga numa fila que ela conheceu seu “irmão”, que se tornou amigo, mas logo depois virou namorado. Os dois juntos já foram considerados o casal mais lindo da UFV e foram alvos de apostas em festas. Mas tirando todas as insanidades, que com certeza não caberiam nesse espaço, temos uma pessoa com um grande coração, com coragem de viver a vida a seu modo e que defende as coisas em que acredita com unhas e dentes. Ela forma com a certeza de que por onde for vai levar alegria e encantar a todos com suas histórias. Sempre que alguém precisar levantar o astral, não deixe de tomar uma dose de Grampola, melhora a fossa na hora.

25/05/2010

Underneath Your Clothes


You're a song written by the hands of God

Don't get me wrong 'cause this might sound

To you a bit odd but you own the place

Where all my thoughts go hiding

And right under your clothes

Is where I find them

Underneath your clothes

There's an endless story

There's the man I chose

There's my territory

And all the things I deserve

For being such a good girl, honey

'Cause of you I forgot the smart ways to lie

Because of you I'm running out of reasons to cry

When the friends are gone

When the party's over

We will still belong to each other

Underneath your clothes

There's an endless story

There's the man I chose

There's my territory

And all the things I deserve

For being such a good girl

I love you more than all that's on the planet

Movin', talkin', walkin', breathin'

You know it's true

Oh, baby it's so funny

You almost don't believe it

As every voice is hanging from the silence

Lamps are hanging from the ceiling

Like a lady tied to her manners

I'm tied up to this feeling

Underneath your clothes

There's an endless story

There's the man I chose

There's my territory

And all the things I deserve

For being such a good girl, honey

For being such a good girl

For being such a good girl

15/04/2010

Biro Biro



Biro Biro foi meu melhor amigo durante a vida toda dele. Foram as horas mais bem gastas ensinando ele a não fizer xixi dentro de casa; foi o dinheiro melhor empregado com ração e ossinhos.
Foram ótima noites tentando não esmagá-lo enquanto dormíamos. Foram as melhores brincadeiras com a bolinha na hora em que eu mais precisava estudar. Foram beijos molhados as 7 da manhã. Passeios noturnos na chuva para que ele não fizesse xixi em casa. Biscoitos caninos para não deixar ele ter tártaro. Muitos remédios contra vermes e muitas vacinas. Muitas visitas ao pet shop para novos cortes de cabelo. Muitas amizades feitas com veterinários e tosadores. Muito medo de tudo. Sacolas e caixas de papelão assassinas. Muitos jogos de futebol que passamos assistindo o papai jogar. Muito colo da mamãe por não aguentar voltar andando para casa. Sutiens destruidos. Chinelos mordidos. Dentinhos perdidos. Passeios de ônibus que sempre me faziam chorar de medo por ele estar no bagageiro do ônibus e muitas brigas com os motoristas que não deixavam ele viajar no meu colo. Muitos vômitos no carro do vovô. Muitas corridas na UFV. Muitas viagens de avião e muito calor no MT. Muito companheirismo na pior fase da minha vida. Muitas sonecas em que dormíamos de patinhas dadas. Muitos filmes e muitos lanchinhos. Mordidas no nariz e palmadinhas de leve no bumbum. Fotos e beijos. Blusinhas de frio sempre lavadinhas e cheirosas. Presentes novos toda vez que eu ía ao supermercado. Despedidas sempre com "eu te amo" e "não vou demorar meu bebê". Melhor cheiro do mundo. Secadores, escovas e perfumes depois do banho. Fugir do sol a todo custo. Fugir das crianças também a todo custo. Cumprimentar todos os cachorros da rua. Procurar o papai e dar mordidinhas nele por ele ter ficado tanto tempo no USA. Assistir só aos programas sobre animais na tv. Bichinhos de pelúcia. Muitas bolas, de todos os tamanhos. Chorar quando alguém chora. Curiosidade como ideologia de vida. Companheiro até no banheiro. Colo da mamãe quando estivesse cansado de brincar. Só dormir em lugar seguro e com a minha mão por perto. Muitos aeroportos. Shoppings. Caixas eletrônicos. Homeopatias. Edredons. Travesseiros. Amor da minha vida. Presente de Deus, de papai noel.

Obrigada, Biro. Você não foi um cachorro, você foi um anjinho, um filho... Volta para mim qualquer dia desses.

Te amo muito.

18/03/2010

QUANDO UMA ETAPA CHEGA AO FIM

Achei esse texto muito bom... já passei por isso e acredito que ele ajude as pessoas a repensar melhor no que tem feito com a própria vida... Um grande beijo para todos!

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...


E lembra-te :'Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão'”

05/03/2010

A vida me ensinou

"A vida me ensinou... A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."

Charles Chaplin

01/03/2010

Por que choramos??


“As lágrimas são o orvalho da alma, que tanto podem fazer florescer o amor no coração, como podem lavar nossos erros. As lágrimas representam um diálogo entre a vida e o Espírito:
- quando filhas do remorso, são incomparável assepsia do erro que o motivou;
- quando nascem da saudade, encurtam a distância, eliminam o tempo e refrescam o fogo da paixão, transformando-a em amor;
- quando bóiam nos olhos, pela mágoa, são fator de equilíbrio, evitando explosões de revolta e vingança;
- quando emanam da alegria, são assim como a chuva que acaricia a terra, multiplicando frutos e alimentos;
- quando decorrentes da dor são excelente mecanismo de segurança, propiciando vazão ao tumulto que se instala, seja no organismo, seja na alma...” (O quartel e o Templo – Eurípedes Kühl pelo espírito Van Der Goehen)

27/02/2010

Ahhh... o amor

Você, pessoa sortuda que encontrou entre tantas pessoas no mundo, alguém que responda ao seu sentimento de uma maneira recíproca, você que se sente parte de algo maior do que tudo que já tenha existido na sua vida, você que anda sorrindo, alegre e meio distraído, pode levantar as mãos para o céu, você é uma pessoa de sorte. Não estou falando somente de amores românticos, homem - mulher, homem - homem, mulher - mulher ou qualquer que seja sua opção; estou falando de você que tem uma conexão com outro ser, uma conexão de profundo sentimento incondicional, podendo ser entre pai e filho, entre irmãos, amigos e até entre você e seu cachorro, por que não? Não importa, o que importa é que você sente a sensação mais agradável do mundo, aquela sensação que Jesus quis passar para todos nós quando ele veio entre nós em carne, a mesma sensação que tanta gente acha bobeira e despreza, mas, convenhamos, faz um bem muito maior do que qualquer remédio prescrito por qualquer especialista no mundo inteiro.

É o amor que estou falando. Essa chaminha que no final das contas, a maioria das pessoas passam a vida procurando. Fico feliz em dizer que eu achei. Já existia na minha vida, mas, como a maioria, eu estava cega e não conseguia enxergar. Você não precisa de uma outra pessoa para que essa sensação te invada e permaneça em sua vida, você primeiramente precisa criar essa sensação e, consequentemente, as pessoas virão à você igual mosquinhas a procura de luz, todos querendo partilhar com você dessa conexão singular de prazer.

Então, parabéns para nós que já estamos nesse círculo de sensações e, boa sorte para todos que ainda estão procurando uma maneira de criar a deles.

Escutem "Pra você guardei o amor" do Nando Reis... muito bom para se inspirar nessa busca.