Ela o amava demais, e, ele amava de menos. Bem menos. Ele não entendia bem o que era o amor. Gostava, somente, de ter belas conquistas, pessoas belas ao seu lado. Afinal, conquistá-la e fazê-la amá-lo foi só uma grande diversão para ele. Ela, a mulher mais popular da cidade. Aquela que não ligava para o que diziam, só queria viver. E vivia, até conhecê-lo.
Sem querer ela apareceu naquele baile. Entrou de graça, ganhou bebida dos amigos dele. Todos a cortejavam, todos a queriam, mas, ela, ela nem percebia a admiração que exercia nas outras pessoas.
Encontrou uma mesa e sentou-se com suas amigas. Bebericou seu vinho enquanto via as pessoas dançando. Uma dança que, na maioria das vezes, deixava-a tonta. Alguns garotos, novos na cidade, chegaram perto dela a fim de conhecê-la. Fizeram elogios, tentaram se aproximar mais, mas, ela, com toda a sua falta de dedos, dispensava-os sem se quer olhá-los na cara. Fazer sala, ser cordial com pessoas interesseiras, não era o seu costume. Cordialidade deveria ser gasta com pessoas que a mereciam.
Seu copo nunca estava vazio, sempre vinham cavalheiros para enchê-lo à mínima menção da mão da nossa bela dama. As intenções desses homens poderiam ser as piores, mas não chegavam a se concretizar, ela não se deixava levar por um belo cálice de vinho.
Levantou-se e resolver dançar. Vários parceiros se ofereceram para conduzi-la. As valsas foram muitas. Depois de muito dançar, deixou-se numa cadeira ao final da noite, exausta de tantos rodopios. Não sabia o que estava por vir. Se soubesse, teria se levantando, exausta da maneira que estava. Fugiria daquele lugar.
Um mensageiro foi ao seu encontro, levou um recado de um amante. Ela não gostava deste tipo de abordagem. Se esse homem a desejava a ponto de mandar-lhe alguém, que o fizesse por ele próprio. Riu-se fartamente do acontecido, fez comentários com suas amigas.
Levantou-se para irem embora. Ao virar para suas amigas a fim de chamá-las, percebeu que as três estavam com o olhar fixo em uma parte do salão. Curiosa, virou-se e avistou um homem. Não me atrevo a chamá-lo de cavalheiro. Esse adjetivo não o condizia. Ele, com seus olhos azuis, atravessou por entre as valsas e pegou a mão de nossa dama. Um choque elétrico subiu pelas terminações nervosas dela, sensações nunca antes produzidas por nenhum dos antigos amantes.
Ao ouvido, os dois conversaram, durante horas. Nossa dama foi embora, sozinha, mas, aquela noite, sem dúvida nenhuma, era o começo de algo maior. Aquele amante não a perderia de vista, muito menos agora que sabia o efeito que tinha sobre ela.
Continua...
Sem querer ela apareceu naquele baile. Entrou de graça, ganhou bebida dos amigos dele. Todos a cortejavam, todos a queriam, mas, ela, ela nem percebia a admiração que exercia nas outras pessoas.
Encontrou uma mesa e sentou-se com suas amigas. Bebericou seu vinho enquanto via as pessoas dançando. Uma dança que, na maioria das vezes, deixava-a tonta. Alguns garotos, novos na cidade, chegaram perto dela a fim de conhecê-la. Fizeram elogios, tentaram se aproximar mais, mas, ela, com toda a sua falta de dedos, dispensava-os sem se quer olhá-los na cara. Fazer sala, ser cordial com pessoas interesseiras, não era o seu costume. Cordialidade deveria ser gasta com pessoas que a mereciam.
Seu copo nunca estava vazio, sempre vinham cavalheiros para enchê-lo à mínima menção da mão da nossa bela dama. As intenções desses homens poderiam ser as piores, mas não chegavam a se concretizar, ela não se deixava levar por um belo cálice de vinho.
Levantou-se e resolver dançar. Vários parceiros se ofereceram para conduzi-la. As valsas foram muitas. Depois de muito dançar, deixou-se numa cadeira ao final da noite, exausta de tantos rodopios. Não sabia o que estava por vir. Se soubesse, teria se levantando, exausta da maneira que estava. Fugiria daquele lugar.
Um mensageiro foi ao seu encontro, levou um recado de um amante. Ela não gostava deste tipo de abordagem. Se esse homem a desejava a ponto de mandar-lhe alguém, que o fizesse por ele próprio. Riu-se fartamente do acontecido, fez comentários com suas amigas.
Levantou-se para irem embora. Ao virar para suas amigas a fim de chamá-las, percebeu que as três estavam com o olhar fixo em uma parte do salão. Curiosa, virou-se e avistou um homem. Não me atrevo a chamá-lo de cavalheiro. Esse adjetivo não o condizia. Ele, com seus olhos azuis, atravessou por entre as valsas e pegou a mão de nossa dama. Um choque elétrico subiu pelas terminações nervosas dela, sensações nunca antes produzidas por nenhum dos antigos amantes.
Ao ouvido, os dois conversaram, durante horas. Nossa dama foi embora, sozinha, mas, aquela noite, sem dúvida nenhuma, era o começo de algo maior. Aquele amante não a perderia de vista, muito menos agora que sabia o efeito que tinha sobre ela.
Continua...